Introdução de alimentos

Banana

Canela

Café

Chá

Chocolate

Especiarias

Laranja

Milho

Noz-Moscada

Tomate 

 

 

 

 

 

 

Banana

É o símbolo dos países tropicais e muito conhecida em todo o mundo.
É originária do Sul da Ásia e da Indonésia. 
Deve-se aos Descobrimentos a divulgação deste fruto.
É muito rica em açúcar e sais minerais (sobretudo cálcio, fósforo e ferro) e vitaminas (na maioria A, B1, B2 e C). 
A bananeira é uma planta de caule subterrâneo , que se desenvolve em sentido horizontal , e do qual surgem as folhas que crescem para fora da terra , formando o falso tronco . Apenas uma vez na sua vida , cada caule falso dá um ramo de flores , que , aos poucos vai-se transformando num cacho de bananas , formado por pencas que , ao todo , podem chegar a somar até duzentas bananas . Depois de ter produzido o cacho , outro pé começa crescer do rizoma subterrâneo e dele nascerá o próximo cacho .

  A banana é uma fruta de alto valor nutritivo.  Fácil de digerir , pode ser dada às crianças a partir dos 6 meses de idade . Como quase não tem gordura , é indicada nas dietas baixas em colesterol . Pode ser consumida ao natural , como sobremesa , ou ser usada nos mais tipos de pratos : salada de frutas , bolos , tortas , sorvetes , recheios de aves e carnes. 

  Para consumo imediato , compre banana com casca bem amarela e pequenas manchas castanhas , de aspecto firme , sem partes moles ou machucadas e que não tenha as pontas verdes . Se não for para consumo imediato , dê preferencia às que estão ligeiramente verdes . Para acelerar o amadurecimento da fruta , embrulhe em folhas de jornal.  A banana deve ser conservada em lugar fresco e seco , não sendo aconselhável guardar no frigorifico , pois  perde o sabor e deteriora-se com maior facilidade.

   

 

  

 

 

Canela

A canela é a casca de uma árvore perene, originária da Ilha do Ceilão (actual Sri Lanka). 
Essa casca é usada como especiaria, principalmente em pastelaria e doçaria e, ainda, no fabrico de aromatizantes para bebidas. 
Foi introduzida na Europa pelos navegantes fenícios mas foi com os Descobrimentos que se divulgou nos países europeus. Em 1506, D. Francisco de Almeida organizou a primeira expedição portuguesa a Ceilão. 

 

 

Café

Segundo uma lenda, um pastor ficou ansioso quando as suas cabras não retornaram ao rebanho. Encontrou-as saltitando próximo a um arbusto, mastigando os seus frutos. Verificou que tinham uma estranha energia! Dizem que ele mesmo descobriu que os frutos o enchiam de energia. Notícias dos maravilhosos poderes da bebida espalharam-se de um mosteiro a outro e, aos poucos, espalharam-se por todo mundo!

 

As evidências botânicas sugerem que a planta do café origina-se na Etiópia Central (África);
Foram os portugueses, com as suas viagens de descobertas que levaram este produto para outros continentes;
Esta bebida tem sido alvo de muitos estudos: como é estimulante não deve ser tomada em excesso, mas usada com moderação pode até beneficiar o nosso dia-a-dia. 

 

 

Chá

No Oriente, o chá era visto como garantia de saúde e longevidade, capaz de manter uma pessoa alerta mesmo perante um esforço intelectual prolongado. Uma bebida com tamanhas propriedades não poderia ter ficado “escondida” somente no Oriente mas foi só em finais do século XV, no auge dos Descobrimentos, que o chá rumou a Ocidente, a bordo dos galeões portugueses.

Valioso  contributo para a sua popularização foi dado por Catarina de Bragança, princesa de Portugal, aquando do seu casamento com o rei D. Carlos II de Inglaterra, em 1662. Inveterada consumidora de chá, que lhe havia sido prescrito pelo seu médico português, levou como presente de casamento uma arca de chá da China, servindo-o na corte aos seus aristocráticos amigos e instaurando, na corte vitoriana, o hábito do Chá das Cinco.

No final do século XIX, um inglês, de nome Sir Thomas Lipton, transformou o chá numa verdadeira paixão: criou culturas próprias, comercializou e revolucionou o mercado europeu com a introdução do chá em saquinhos pré empacotados, para melhor preservação do seu aroma.

 

 

 

Chocolate


A saga do chocolate começou no México, no distante ano de 1519, quando o imperador Montezuma (chefe supremo dos Azetecas) ofereceu a Fernando Cortez a "bebida dos deuses", um líquido amargo, feito a partir das sementes do cacaueiro, farinha e milho e aroma de baunilha.
O cacau gozava de grande aceitação entre os povos índios da América Central, pois proporcionava uma bebida tonificante, essencial para a realização de grandes esforços físicos, reconfortando e dando prazer quando tomado após as refeições. 
Trazido para a Europa em 1520, os espanhóis rapidamente lhe adoçaram o sabor, através da adição de açúcar e especiarias. Foi uma princesa de Espanha, Ana de Áustria, que introduziu o chocolate na corte francesa do seu marido, Luís XIII, tendo a partir daí sido divulgado para a Inglaterra e o resto da Europa. 

Mas foi apenas no séc. XIX que surgiu o chocolate de leite e se expandiu a sua utilização nos produtos de confeitaria. Desde então o seu consumo tem aumentado, sendo mundialmente apreciado, sendo as mulheres as suas fãs mais destacadas.
Reconhece-se que as crises de voracidade no consumo de chocolate, são muitas vezes episódicas e flutuam em função de modificações hormonais que ocorrem durante o período de ovulação ou antes do período menstrual. O consumo de chocolate parece estar relacionado com os níveis hormonais e com o sexo dos indivíduos, sendo mais notório nas mulheres.
O chocolate é também rico em constituintes biologicamente activos, nomeadamente aminas biogénicas, metilxantinas e ácidos gordos que poderão explicar a sua capacidade de induzir uma sensação de bem-estar, e contribuir para os efeitos psicológicos produzidos com o seu consumo frequente. 
Dos muitos estudos realizados, parece evidente que a paixão que o chocolate provoca reside, essencialmente, no efeito devastador a nível dos sentidos e não tanto no seu teor em substâncias neurotrasmissoras de poder anti-depressivo ou euforizante.


O cacau é obtido das sementes do cacaueiro, fermentadas, secas ao ar livre e prensadas. Após mais algumas operações, obtém-se uma pasta gordurosa de que se separa a manteiga de cacau e a massa de cacau. Esta última é seca e moída, originando o cacau em pó.
O chocolate é preparado a partir da mistura de cacau com manteiga de cacau, a que se adiciona açúcar, leite ou derivados e, eventualmente, outros ingredientes como amêndoas, nozes ou frutos. Tal como nos vinhos ou nos chás, a combinação dos diferentes lotes de cacau, bem como a quantidade de manteiga de cacau e restantes ingredientes utilizados, dão qualidade e diferente paladar aos chocolates disponíveis na actualidade. 
 
Alguns conselhos

A alimentação deve ser sinónimo de prazer e, nesse contexto, o chocolate parece cumprir totalmente o seu papel. Por outro lado, o chocolate é um alimento altamente energético, ou seja, mais adequado a fases de crescimento acelerado, desportistas ou a pessoas com grande actividade física. Se não é o seu caso e não quer ver o ponteiro da sua balança disparar: não tenha chocolate em casa, compre de vez em quando, uma pequena dose do melhor chocolate que encontrar; se está a fazer dieta e lhe oferecerem uma caixa de bombons, leve-os para o trabalho, ofereça-os aos vizinhos, distribua. Pode comer dois ou três, e nem mais um!

 

 

Especiarias

As especiarias tiveram um papel muito importante na história da humanidade.
Antigamente eram usadas medicinalmente. Só mais tarde é que foram utilizadas na melhoria dos alimentos. Foram muito importantes na preservação dos alimentos antes dos modernos sistemas de refrigeração. 
Os árabes e os italianos tinham o controle do comércio das especiarias até à época dos Descobrimentos. Os portugueses, com a descoberta do caminho marítimo para a Índia (1498), quebraram este monopólio.


Na Índia cultivava-se pimenta, gengibre, açafrão e cardamomo. Mas também se vendiam outras especiarias trazidas do Extremo Oriente. 
Conhecem-se hoje mais de 80 000 espécies de vegetais comestíveis que constituem um enorme potencial na luta contra a fome e na procura de novos alimentos. 

 

 

 

Laranja Doce

A laranjeira é uma das árvores mais conhecidas do mundo;
É nativa da Ásia;
Foi levada para o norte de África e para o sul da Europa onde teria chegado na Idade Média;

 

 

 

Milho

O milho era o principal recurso dos impérios Inca e Azeteca da América do Sul. Foi introduzido na Europa depois da descoberta da América.
É uma planta muito exigente em calor e humidade.

 

 


Noz-moscada

A noz-moscada é a semente de uma flor chamada macis, originária da Índia e da Indonésia e faz parte do grupo de especiarias que motivaram os portugueses a chegar à Índia por mar.
Tem sido utilizada ao longo dos tempos sobretudo em culinária. Apura o sabor do puré de batata, do peixe e dos molhos. Fornece frutos condimentares tanto para pratos doces como salgados.

 

 

Tomate

 

  

Originário do Peru/Equador, há séculos era cultivado pelos Incas como alimento.

O nome “tomate” é derivado das palavras azetecas “ximate” , “zitomate” e “tumati”, ou, da palavra mexicana “tomati”.

No início do séc. XVI, a planta foi levada para Portugal, Espanha e Itália. Foi referida, pela primeira vez, na Europa, onde um botânico italiano lhe chamou o fruto de “pomo d’oro", que significa “maçã de ouro". Da Itália, espalhou-se para a França e a  Inglaterra onde foi chamado de “pome d’Amour" (maçã do amor). Era cultivado como planta ornamental, pois era considerado venenoso e afrodísiaco. Nos Estados Unidos, o tomate foi mencionado pela primeira vez no final do séc. XVIII, mas levou 50 anos para se tornar popular.

Só no final do séc. XIX o consumo do tomate teve um maior crescimento, hoje pode ser considerado o segundo legume mais cultivado do mundo, depois das batatas.

O tomate popularizou-se no início do séc. XX com o crescente consumo do Ketchup introduzido pelos norte-americanos. A boa aceitação dos pratos mediterrâneos, como a pizza e as massas, também contribuiu para o aumento do consumo do tomate e molhos nas últimas décadas.

 


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