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O cancro do cólon é a primeira causa de morte por tumor maligno em Portugal (depois do cancro no pulmão) e tem igual incidência em homens e mulheres. Surge em mais de 90 por cento dos casos em indivíduos com mais de 50 anos. A evolução de um pólipo para cancro dura normalmente sete a 15 anos. Desde 1980 que este tipo de cancro aumentou 80 por cento. Factores de risco são, além da idade e da hereditariedade, uma vida sedentária e uma alimentação pobre em fibras Os sintomas incluem dor, hemorragia e obstrução intestinal. No entanto, a doença progride frequentemente sem aviso pelo que devemos sobretudo preveni-la: fazer uma alimentação equilibrada, pobre em gorduras e rica em fibras e ainda praticar exercício físico regularmente.
O coração, funcionando ininterruptamente como uma bomba, impele o sangue, através dos vasos, por todos os órgãos do corpo. As doenças cardiovasculares são numerosas e variadas. Numa pessoa saudável, os dois lados do coração batem regularmente. No entanto, certas doenças fazem com que os batimentos se tornem descoordenados ou anormalmente rápidos ou lentos. A terapêutica das doenças cardiovasculares progrediu espantosamente nos últimos anos, sobretudo graças ao avanço das técnicas cirúrgicas. No entanto, num número significativo de casos, o primeiro sintoma de doença grave é a incapacidade permanente ou mesmo a morte. Atendendo a que várias doenças cardiovasculares são evitáveis, os médicos estão cada vez mais a chamar a atenção para a importância de um estilo de vida saudável antes da doença, mais do que depois dela. As mortes por doenças cardiovasculares constituem cerca de um terço do total de mortes nos países desenvolvidos e são, na sua maioria, devidas a doenças coronárias e hipertensão. Uma doença muito conhecida é a aterosclerose, doença resultante da acumulação de substâncias de natureza lipídica (gorduras) na camada mais interna dos vasos sanguíneos. Forma-se uma placa de natureza lipídica no interior do vaso - placa de ateroma -, acompanhada de alterações na textura dos vasos sanguíneos, as quais se tornam espessadas e endurecidas. Essas alterações levam a um estreitamento drástico do calibre dos vasos, podendo ocorrer um oclusão completa. Além disso, podem originar a formação de trombos intravasculares. A aterosclerose das coronárias conduz a uma diminuição da circulação sanguínea no músculo cardíaco. Quando o sistema de irrigação sanguínea do coração está prejudicado, qualquer esforço físico repentino ou qualquer estado de stress pode fazer com que, de um momento para o outro, o fluxo sanguíneo seja insuficiente para atender às necessidades do músculo cardíaco. Como consequência, pode instalar-se persistentemente a angina de peito, violenta dor que aparece periodicamente nos momentos de exercício físico ou stress. Outra complicação é o enfarte do miocárdio, que não é mais do que a morte de parte do tecido cardíaco. Dependendo da localização e da extensão do enfarte do miocárdio, a este pode seguir-se a recuperação, choque, insuficiência cardíaca ou ruptura do coração. Além da angina de peito e do enfarte de miocárdio, outra complicação é o ataque cardíaco, o qual resulta, em 20% dos casos, na morte fulminante dos indivíduos que o sofrem. O ataque cardíaco deve-se a uma arritmia, isto é, a um distúrbio do mecanismo de transmissão dos impulsos nervosos gerados no próprio coração. Os principais factores que predispõem a doenças cardiovasculares são o hábito de fumar, o nível anormal de colesterol sanguíneo, normalmente devido a hábitos alimentares pouco saudáveis, e a pressão sanguínea, especialmente a pressão mínima ou diastólica. Além destes factores, conseguiu-se estabelecer uma relação entre este tipo de doenças e o peso acima do normal (obesidade), a falta de exercícios físicos regulares e o stress. A obesidade é um dos mais importantes problemas nutricionais de muitos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Um indivíduo que tenha uma excessiva acumulação de gorduras no corpo e que pese mais 20% que o peso normal é obeso. A obesidade predispõe para numerosas doenças, incluindo a diabetes e doenças cardiovasculares. Também diminui a esperança de vida. A obesidade tanto atinge os adultos, mulheres e homens, como as próprias crianças. Crianças sobrealimentadas podem desenvolver três vezes mais células adiposas do que uma que tenha uma dieta calórica equilibrada. Quando uma pessoa obesa restringe a ingestão de alimentos altamente calóricos, o organismo tem tendência a fazer baixar a sua taxa metabólica, tornando-se mais eficiente na digestão e absorção dos alimentos. Isto explica a dificuldade em perder peso e a manutenção de um peso elevado uma vez adquirido. O exercício físico é um elemento fundamental numa dieta de emagrecimento ou de manutenção porque o exercício físico aumenta a taxa metabólica. Muitos obesos combinam maus hábitos alimentares com factores psicológicos. A única cura para a obesidade é ajustar a ingestão de alimentos às necessidade de energia. O peso diminui quando a energia ingerida é inferior à energia necessária. O corpo pode assim utilizar a gordura armazenada. Durante o dia, o coração contrai-se mais de 100 mil vezes, bombeando o sangue para as artérias, de onde chega a todo o organismo. Sempre que o coração se contrai, aumenta a pressão que o sangue exerce contra as paredes das artérias; depois, o músculo cardíaco relaxa-se entre os batimentos e a pressão arterial diminui. Há assim dois níveis de pressão: a pressão máxima (ou sistólica) e a pressão mínima (ou diastólica). São estes os dois valores que se registam quando a tensão arterial é medida. Estes valores são variáveis durante a vida de um indivíduo e alteram-se mesmo ao longo do dia, em função da actividade física, emotividade... Diz-se que um indivíduo tem “tensão arterial elevada” – hipertensão arterial- quando os valores sistólicos e/ou diastólicos estão acima dos considerados normais para a idade. A hipertensão arterial é um problema de saúde pública em todo o mundo e em particular no nosso país, atingindo uma elevada % da população adulta portuguesa.
Sabe-se que há uma relação estreita entre hipertensão e acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças que são a primeira causa de morte no nosso país! E como aparece a pressão arterial elevada? Muitas vezes a causa é desconhecida. Existem, porém, muitos factores que podem contribuir para o seu desenvolvimento: factores de origem genética, estados permanentes de tensão, o excesso de peso, o fumo do tabaco e, com especial destaque, a ingestão exagerada de sal nos alimentos. Só há uma forma de conhecer os valores da tensão arterial: medindo-a! Num adulto em repouso, a tensão arterial deverá manter-se entre 90 e 140 mm Hg. Tanto a dieta (pobre em gorduras e em sal) como o tratamento medicamentoso, pretendem (no período em que forem executados) baixar os níveis de pressão arterial para valores que não constituam um risco tão elevado para a saúde do hipertenso. Se a hipertensão se mantém, diversas alterações orgânicas ocorrerão: o cérebro, a retina, o coração e os rins serão os mais afectados. As paredes das artérias perdem elasticidade e tornam-se duras. Facilita-se a deposição de tecido fibroso e de substâncias gordurosas em certos locais, o que diminui o calibre e pode mesmo formar-se um trombo. Situações destas estão na origem de ataques cardíacos, AVC e hemiplagias (paralisia). O esforço a que o coração é sujeito faz com que o miocárdio aumente de volume. Contudo, as fibras acabam por perder a força e o coração fica incapaz de cumprir com êxito a sua função. Nos rins, as artérias estreitadas levam também a uma insuficiência renal. Como podemos evitar todos estes problemas?
Reduzindo a ingestão de sal, não fumando, fazendo exercício físico regularmente e aproveitando bem o repouso nos tempos livres.
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